Alisson conta detalhes de mudança que viveu no São Paulo

Vivendo uma de suas melhores fases na carreira, Alisson relembrou detalhes de mudança crucial que viveu no Tricolor.

Alisson se tornou um destaque improvável da equipe do São Paulo sob o comando de Dorival Júnior, e muito disso se deve à mudança de posição que o técnico propôs ao atleta.

Há algum tempo, Alisson recuou o poscionamento em campo e passou a atuar como segundo volante. Apesar de parecer inusitado no começo, esse foi um dos maiores acertos de Dorival na atual passagem.

Através de mudança de posição, Alisson superou as críticas e conheceu sua melhor versão no São Paulo

Alisson conta detalhes de mudança que viveu no São Paulo
Foto: Wesley Santos

Alisson chegou ao São Paulo na temporada passada, com aval de Rogério Ceni. O jogador, porém, conviveu com algumas críticas nesse período, já que a torcida não estava satisfeita com seu desempenho.

A chegada de Dorival Júnior à equipe foi crucial para a evolução do atleta. Desde o primeiro momento, o técnico o inseriu em seu time titular, bancando uma escalação que contrariava a muitos.

Sob o comando do atual treinador, Alisson virou meio-campista central, um popular “segundo volante”, e não saiu mais do time. Essa reconstrução surgiu ao passo que a equipe também crescia e se tornava cada vez mais competitiva.

Dorival percebeu e valorizou a versatilidade do atleta, o que fez com que ele caísse nas graças da comissão técnica. A mudança de Alisson para segundo volante, porém,  não foi apenas um mérito do treinador e de seus auxiliares.

Ele próprio teve papel fundamental nisso ao detectar que estava ocupando uma vaga que não estava desempenhando bem. Em entrevista, o atleta contou detalhes desse processo.

Como eu sempre falo, foi uma loucura para mim. Agradeço o fato como foi. Chego no Lucas (Silvestre), falo que não me sentia à vontade de fazer a função de ponta. É até estranho eu falar isso, porque joguei quatro anos no Grêmio assim, com o Renato (Gaúcho). Muda o clube e os companheiros e muda o estilo. E eu sentia que para a equipe eu ajudava mais defensivamente, mas às vezes precisa do drible e deixei claro que tinha gente mais qualificada para fazer isso

Diante do que Alisson havia dito, Lucas tratou de testá-lo em realidades diferentes nos treinos.

Em um treino ele (Lucas Silvestre) me coloca de volante, eu não tinha entendido muito bem, mas foi onde fui aprendendo a jogar, me sinto confortável ali. Nos clubes todos que passei eu falo que estou para ajudar independente de função e ajudar a conquistar títulos. Onde passei deixei minha marca, no Cruzeiro, Grêmio, agora no São Paulo, e espero continuar assim, ganhando títulos.

A mudança precisou de uma adaptação em todos os sentidos para Alisson, mas ele fez isso de uma forma tão rápida que impressionou a comissão técnica e os companheiros.

O que pensa Dorival

Ainda antes de Alisson se tornar segundo volante, Dorival Júnior já gostava muito de sua versatilidade e disposição para contruibir com a equipe.

O crescimento do jogador é sempre elogiado pelo técnico, que encontrou uma peça para fazer uma função até então carente no elenco Tricolor.

O Alisson foi uma mudança de posição procurando adequar aquilo que ele tem de melhor: ser combativo, ao mesmo tempo técnico, porque ele tem ótima saída de bola e temos uma passagem rápida nos pés do Alisson. Isso tem feito que tenhamos ganho mútuo, tanto ofensiva quanto defensivamente no combate.

Dorival também detalhou as virtudes que o time passa a ter com a atuação do jogador nesse setor do campo.

Ele pressiona demais, marcando o jogador da frente. Eu acho que voltamos a ter aproximação, trocas de passes e infiltração sem bola. Quando isso acontece você acaba criando. Isso é prazeroso, e é fruto de trabalho, conscientização de cada um, os movimentos que temos que fazer.

Alisson faz questão de dividir os méritos desse crescimento com a comissão técnica e os companheiros.

Vem deles me dar a oportunidade de jogar de volante. Você está no dia a dia com eles, e caras experientes e vencedores notaram que eu poderia contribuir naquela função. Só agradecer eles por ver isso em mim. Me orientam, me mostram vídeos, ensinando onde eu devo ou não estar. Tenho muito a melhorar nessa função e tenho certeza que os companheiros também foram importantes para me encaixar nessa função. Fico muito feliz de ter me reinventado.

Aos 30 anos, o atleta vive um de seus melhores momentos na carreira e caiu de vez nas graças da torcida Tricolor, sobretudo com a conquista da Copa do Brasil. A boa notícia é que ele ainda terá o ano que vem inteiro para ajudar o São Paulo a brigar por mais títulos, inclusive o da Libertadores. Seu contrato vai até dezembro de 2024.

22 anos, soteropolitana e jornalista. A paixão pela comunicação corre nas minhas veias desde sempre. Nascida e criada na terra da felicidade, o intenso amor pelo São Paulo chegou até a mim graças ao Ídolo Rogério Ceni, ainda criança, e assim seguiu pelo resto da vida. Acredito que o jornalismo e o futebol tem o poder de mudar vidas, e esse é o meu grande próposito.

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