A celebração do primeiro título mundial da história do São Paulo

Em 13 de dezembro de 1992, o São Paulo conquistava o mundo pela primeira vez, diante do Barcelona. Confira os detalhes desse momento histórico.

Em 13 de dezembro de 1992, o São Paulo conquistava seu primeiro título mundial na história. Depois da conquista inédita da Libertadores, diante do Newells Old Boys, o Tricolor foi ao Japão para enfrentar o Barcelona.

Comandado por Telê Santana, o Tricolor formado por Zetti; Vítor, Adílson, Ronaldão e Ronaldo Luís; Pintado, Toninho Cerezo (Dinho, 38’/2), Raí e Cafu; Palhinha e Muller bateu os espanhóis por 2 a 1.

São Paulo superou a descrença para conquistar o primeiro título mundial da história

A celebração do primeiro título mundial da história do São Paulo
Título Mundial do São Paulo completa 31 anos | Foto: Arquivo Histório/São Paulo FC

A história do título começou com a conquista da Copa Libertadores da América na maior festa que o Morumbi já viu até hoje, quando o Tricolor bateu o Newell’s Old Boys, da Argentina, nos pênaltis. O final foi com a torcida parando a capital paulista quando a delegação retornou com o mais importante troféu da história do clube até então.

O adversário são-paulino no Japão, o Barcelona, era o franco favorito – ao menos, para a imprensa mundial. Liderados pelo gênio da “Laranja Mecânica”, o holandês Cruyff, o time catalão também possuía jogadores de alto nível, cujo principal expoente era o búlgaro Stoichkov, que em 1994 se tornaria um dos destaques da Copa do Mundo.

Primeiro tempo

Foto: Arquivo Histório/São Paulo FC

Os europeus começaram a partida com absoluto domínio sobre os são-paulinos, tomando conta do campo brasileiro. Eles trocaram e inverteram muitas bolas, conseguindo atrapalhar o sistema defensivo do Tricolor.

Assim, aos 12 minutos, Stoichkov – justo ele – abriu o marcador em favor dos espanhóis com um gol categórico, de fora da área ao ângulo da meta.

O time são-paulino, no entanto, não se abateu e pouco depois quase empatou com um forte chute de Cafu, também de fora da área, obrigando bela defesa de Zubizarreta. Isso mostrou aos catalães que o Tricolor estava vivo na disputa.

A partir daquele momento, portanto, o São Paulo passou a tomar conta do jogo e Ronaldo Luiz quase fez um gol espetacular, de muito longe, na lateral esquerda, aos 24 minutos.

O Tricolor era melhor e, três minutos depois, fez valer a superioridade em campo e empatou o placar após preciosa jogada de Muller. Ele deixou o adversário zonzo e exposto ao instinto de finalização de Raí, que marcou o gol.

A partir de então, o jogo ficou mais dinâmico e a equipe são-paulina passou a ser ainda mais perigosa. Müller quase marcou um gol épico, encobrindo o goleiro adversário, que foi impedido pelo zagueiro embaixo do arco.

O Barcelona até tentava contra-atacar, mas Zetti garantia o resultado sob às traves. Quando a bola passou por ele, ao final da primeira etapa, lá estava Ronaldo Luiz, o santo da marca da cal, para salvar em cima da linha!

Segundo tempo

Foto: Arquivo Histório/São Paulo FC

No período complementar, o São Paulo levou vantagem diante do Barcelona não somente tecnicamente, mas também fisicamente. Muller, Cafu e Vítor – os mais velozes –, acabaram com o desempenho dos defensores espanhóis. Zubizarreta, em quatro incríveis oportunidades, teve que se virar para impedir que o Tricolor desempatasse o resultado.

Aos 34 minutos, depois de Palhinha sofrer falta na entrada da área, não haveria nada mais que o arqueiro rival pudesse fazer. Raí pegou a bola para a cobrança. Cafu parou ao seu lado. Pintado chegou junto a eles e vibrou como se antevisse o que estava por vir: gol que deixou o São Paulo a frente do palcar.

Um golaço, bem no ângulo. Raí, com maestria marcou mais uma vez e o goleiro nem se mexeu. O lance foi tão perfeito que sempre se imaginou que a jogada fosse muito trabalhada, ensaiada em treinamentos, mas foi algo que acontecei ao acaso.

O que se viu a seguir foi o camisa 10, em plena alegria, correr para o banco de reservas na tentativa de agradecer ao mestre, com carinho, por toda a jornada que haviam caminhados juntos até aquele momento de glória.

Apesar disso, os colegas tricolores reservas, em comemoração efusiva, invadiram o campo para lhe abraçar e o impediram de chegar até Telê, que sorria como um menino sentado no banco. O São Paulo sagrou-se campeão mundial!

22 anos, soteropolitana e jornalista. A paixão pela comunicação corre nas minhas veias desde sempre. Nascida e criada na terra da felicidade, o intenso amor pelo São Paulo chegou até a mim graças ao Ídolo Rogério Ceni, ainda criança, e assim seguiu pelo resto da vida. Acredito que o jornalismo e o futebol tem o poder de mudar vidas, e esse é o meu grande próposito.

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